Sou goiana, tenho 21 anos, iniciei minha carreira artística na literatura aos 7 anos de idade quando lancei meu primeiro livro A Girafa que foi ao Espaço, depois desse, publiquei mais 4 livros, sendo premiada pela Associação La Atrevida entidade ligada a Universidade de Lisboa pelo meu livro a Transformação de Joca e recebi o prêmio Troféu Literatura 2017 de melhor ilustração e projeto gráfico pelo meu livro Depois do Final Feliz.

 

Aos 15 anos após ser convidada para expor no Carrousel du Louvre durante a Semana de Arte de Paris, passei a me dedicar mais às artes plásticas, consegui alguns reconhecimentos como a inclusão no meu nome entre 50 artistas plásticos contemporâneos mais influentes do Mundo pelo guia The Best e Modern and Contemporary Artists 2018 - Curadoria de Savatore Russo e Francesco Savero.

 

Ao ser convidada pela cantora Fafá de Belém para retratar o Círio de Nazaré, surgiu a oportunidade de produzir um kafta estampado com obra criada para o Círio que a cantora vestiria na abertura do Carnaval da Mangueira. Esse projeto me fez perceber que a moda poderia ser um caminho para disseminar de forma mais ampla as minhas mensagens e foi aí que lancei minha marca de roupa autorais em 2020. Com isso surgiram novos convites entre eles, do Ministério Público do Trabalho para a realização do 1º Desfile somente com modelos trans e travestis da Região Centro Oeste. O desfile abriu o Mega Modas Fashion. Outro destaque importante aconteceu quando minha marca se tornou a primeira marca goiana ser selecionada para expor na loja conceito do São Paulo Fashion Week.

 

Uso a arte como ferramenta para amplificar a voz das minorias, aumentar a audiência para as questões e injustiças sociais, retrato a realidade de forma lúdica no intuito de sensibilizar a sociedade e levantar discussões de pautas nem sempre lembradas ou consideradas tabus.

 

Através de traços exagerados e cores vibrantes, quero chamar atenção para a existência e potencialidade das minorias. Tenho como propósito além de alertar a crueldade provada pelos padrões sociais, ressaltar a beleza do diverso. A arte é meu combustível e minha arma de luta para a construção de uma sociedade mais inclusiva e compassiva.